Marighella é um ícone para a juventude brasileira. Na democracia, foi deputado e defendia que para conhecer o Brasil era preciso ir às procissões. Nunca foi amigo do ideário anexado de outros países. Amava o país que queria libertar.
Na ditadura, avesso aos dogmas, rompeu com a linha pacifista do PCB, largou o paletó e já sessentão liderou a luta armada, escrevendo um clássico não da resistência lírica, embora fosse poeta dado a odes à liberdade, por quem, sob tortura, morreria sorrindo a sussurrar o nome. Era sim o Minimanual do Guerrilheiro Urbano, com direito à tradução em francês. Era o princípio de que ou a teoria serve para agir ou para nada, afinal a ação faz a vanguarda.
Hoje, quatro décadas depois, a Câmara Municipal de São Paulo o homenageia com a mais alta honraria concedida a um cidadão paulistano: a Medalha Anchieta. Que a sua ousadia para lutar e vencer anime o espírito ofensivo da juventude brasileira na saga contemporânea de construir um Brasil desenvolvido com justiça social.
Fonte: Blog Juventude em Pauta
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