Postei no meu blog um texto do amigo Ramon Szermeta intitulado “Motel público para juventude! e Chega de pia de banheiro!”. Na época que vivi em São Paulo devido às tarefas da vice-presidência da UNE e tive a oportunidade de presenciar o amigo defender tal proposta. Como achei interessante ao ver a idéia sistematizada, resolvi publicá-lo. Entretanto, recebi algumas mensagens me alertando sobre a inconveniência da proposta.
Motéis Públicos para a Juventude pode não necessariamente se constituir como uma proposta exeqüível do ponto de vista das prioridades das políticas públicas para a juventude, mas fundamentalmente levanta o debate sobre a importância para a juventude ter suas relações sexuais com segurança e de forma saudável e isso ser entendido como um direito.
O texto problematiza a questão da sexualidade da juventude. Como se expressa, de que forma se expressa e o direito da juventude em obter suas primeiras relações sexuais em locais saudáveis.
Isto leva-nos a pensar sobre outra questão importantíssima que é a construção de condições sociais concretas para que a juventude possa ter uma crescente autonomia na construção da sua vida. Pra isso, é necessário ter educação, trabalho, acesso à moradia e que, com isso, não dependerá dos terrenos baldios, da casa dos pais ou da inconveniência das ruas para manterem relações sexuais.
Bom, este é um debate polemico, mas para nós que nos desafiamos a manter a rebeldia sempre alerta para não perder de vista as questões mais profundas da vida das pessoas que determinam seu cotidiano, é combustível pra continuar estimulando a polêmica.
6 comentários:
Massa, motel ou não motel? A discussão é mesmo sobre a sexualidade na vida da juventude.
Nós nos rebelamos e queremos falar de sexo, sobre sexo e como fazemos sexo!
É incoviniente, a sexualidade da juventude deve realmente ser discutida, mas não existem mais pais que vivem em falso moralismo. Os motéis para juventude seria o que? Uma maneira de estimular a disseminação da AIDS? Fala sério, acredito no PT por ser um partido sério, primeiro o arquivo de seu amigo banaliza o sexo e as relações familiares e envergonha o partido dos trabalhadores, propostas sérias é isso que esperamos de nossos "representantes". Rebele-se mas não esculhambe-se. Você quer o voto apenas dos jovens "não pensantes"? Por favor vamos respeitar o partido e os princípios.
Sem debate, todo o sexo é uma maneira de disseminar a AIDS. Precisamos, sim, levantar a bandeira de sexo mais responsável e consciente, e não me refiro aos moralismos que a sociedade tem pregado, mas sim à consciencia quanto ao uso de preservativos, respeito às vontades individuais, e possibilidade de concretização dessas vontades de maneira no mínimo mais digna. Creio que a proposta dos motéis está no fim de uma cadeia, que como citou o Mauricio, inclui educação, emprego, condições de cidadania. O debate é válido, e as políticas públicas devem abrir os olhos para estes temas.
Livre exercício da sexualidade é um DIREITO HUMANO. Logo, todas as iniciativas nesse sentido devem ser discutidas. É dever do Estado a garantia dos DIREITOS HUMANOS, inclusive esse.
Parabéns, Maurício, pela ousadia em puxar essa discussão. A vida só evolui com ideias ousadas, corajosas.
Muito relevante a discussão. Entendo até que seria apropriado promovermos uma roda em torno do assunto sexualidade. A Juventude é um segmento social que carece de políticas públicas eficazes de combate a tabus e pelo livre-execicio do direito ao amor. Parabéns!
Estive lendo a sua proposta e cheguei a seguinte conclusão de que sim devemos falar sobre sexo, com certeza,mas nas escolas, em casa com os pais, para asim podendo ter uma relação mais amigável com os mesmos, mas não de uma forma banal como está se colocando em sua proposta. Motel público?que proposta é esa de deputado que encentiva isso? Eu iria votar em você, mas quando vi essa proposta desisti, porque nao concordo com isso, e não somente eu....
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